Papel ofício

Não gosto de teorias, adoro as práticas

Odeio linhas, amo folhas em branco

NÃO gosto das retas Prefiro as Semi- retas

Não gosto de nada que apertado ; sapato, roupa, coração

Mas sou fã de abraços que quase sufocam

Não gosto de gaiolas Metrô Nada que me limite

Amo saber que posso ir e vir livremente

QUE o papel em branco pode ter o desenho, a letra ou o rabisco que eu quiser

Espero que nada me trave , nem a timidez e nem o cansaço..

O que gosto mesmo é de andar descalça em casa sem muros

Tecendo minha própria rua, com um chão pintado e pessoas que dançam na chuva.

Só sei dançar com você

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Onde meus olhos irão pousar senão nos teus.? Cê tem um olhar pra cada sentimento, mas o melhor é aquele de quando sua felicidade transborda e não preciso de palavras para saber que é alegria de amor.

Não entendem como dançamos com tanta maestria,  tendo você quase o dobro da minha altura. Meus pés seguem os teus e seu corpo vai bem na direção do meu e então qualquer som vira a música perfeita.

O amor, o fim e a grande lição.

Quando ele decidiu que não dava mais pra continuar

Que tudo o que era bom havia se tornado pequeno, o ruim reverberava a todo instante levando pra longe o amor.Trazendo pra perto a agonia do adeus.

Então ele , com aparência cansada , quase sem olhar nos meus olhos soltou minhas mãos, desgarrou-se do sonho e foi embora com o vento.

O dia estava nublado, mas a chuva era dentro de mim.Algo se quebrou.O instante congelou. Tudo se petrificou.

Na minha mente passava um filme:Do primeiro dia ao término.Lembrei da sua boca quente encostando na minha no nosso primeiro beijo.Lembrei do quanto eu esperei pela aquela calma na alma.E do quanto eu estava feliz.Estávamos.

Era tudo novo.Não conhecíamos os defeitos um do outro, era fácil, encantava.O tempo foi deixando para trás o desconhecido colocando no lugar as manias, os defeitos, os vícios, e as brigas.Junto com tudo o que estava por trás do nosso sorriso havia o medo, o passado e  poucos segredos.

Como eu queria não terminar essa breve história falando do fim.Mas foi inevitável.O amor que eu sinto continua em mim e a dor da perda me acompanhará por um tempo.

Meu amor foi-se com o vento.

O triste é saber que ele partiu  cheio de peso e cabisbaixo, ferido por palavras e desconfiança.Como queria pedir ao vento que conversasse com o tempo e me concedesse voltar ao instante em que o conheci.Para quem sabe assim, ter visto desde o primeiro instante que ele não seria só mais um.Que aquele homem não viera para me magoar como os outros.Ele viera para ensinar e ensinou.Ensinou estando ao meu lado.Mas, foi ao partir que aprendi a maior lição de todas: O amor não é imune às cobranças, às desconfianças.E acima de tudo , o amor é livre.

O que não se pode explicar

amor

Vez em sempre eu me pegava tentando nomear o que eu sentia por ele.Eram tantas coisas misturadas e um grande ponto de interrogação.Era diferente de tudo que já havia sentido, ao mesmo tempo era tão perto do que eu rabiscava quando menina, na última folha de um diário , com o título de “homem dos sonhos”.Eu me sentia sem ar e com medo de tudo aquilo me escapar , como água escorrendo pelo ralo da pia.Eu sentia que finalmente a vida me trouxe o que eu já havia desistido de encontrar.E era tão lindo ver o sonho virar realidade bem pertinho de você.

Na minha mente de menina eu achava que o amor seria simples como continha de mais com unidade.Na minha cabeça de mulher eu aprendi que o amor podia chegar fácil entre um olhar e a convivência, mas manter a paz não era tão simples como somar.A maturidade me fez entender que amar muitas das vezes é abrir mão, é dar passos para trás e só depois avançar.Compreendi que amar alguém independe do que o outro me dará em troca.E era lindo quando o mar se acalmava e eu podia sorrir e vê-lo sorrindo de volta.

No fim já não fazia sentido tentar por nome na imensidão do que sentíamos.Não sei do que devo chamar, só sei que cresce e floresce dentro de mim e transborda nele.Não é precisamos tentar explicar o inexplicável.Eu só sei que sinto.O que? Dizem que se chama amor.

História sem fim

“O amor, meu bem , é para os fortes “ Esse era o mantra dela.Essa era sua sina.Ela não tinha medo de demonstrar-se vulnerável, tudo o que a moça queria era mostrar quem era e,  para ele,  ela era um livro aberto.Ele conhecia suas fraquezas, ela tentava descobrir as dele.Qual seria a ferida mais profunda e por que até hoje não cicatrizou ? Ela não queria desistir de curar o moço, por mais que parecesse pretensioso e utópico  – ela acreditava que o amor curava.

Desistir nunca foi para ela.Ela sabia mais do que tudo que , o amor não era fácil.Só não fazia ideia de que nem todos são fortes o suficiente ou estão preparados.Ela estava no caminho, sabia que tinha muito a aprender , mas , queria aprender com ele em sua vida.Ele deus passos para trás, ela paralisou e logo deu passos para frente.Ele tinha dúvidas cruéis, ela tinha certezas insanas.Estavam numa corrida para lados opostos.

Ele ouvia sua voz de longe , ainda assim não conseguia pronunciar nada. O medo o calara. O medo venceu a batalha, mas não a guerra.Ela não quer soltar das mãos dele, não porque não tenha amor próprio , Ela tem e quer dividir-se nele.Não sei o final dessa história sem lógica alguma, ela também não sabe, mas torce para que não tenha fim.

We Can do It !

Não se exponha tanto, não vale a pena. Não pense que quem enxuga suas lágrimas te quer bem, nem sempre é assim. Fique esperta! A vida não é o conto de fadas que te ensinaram a acreditar. Você já descobriu a dureza de ser gente grande, não se engane!

Aqui existem “bruxas” e “bichos-papões” bem piores. E diferente lá do mundo encantado, aqui eles não são feios e nem fazem sons ou dão risadas “sinistras”. Ao contrário, muitos transparecem doçura só para se lambuzar no final. Há tantos lobos, madrastas e  “meio irmãs da Cinderela” por aí. Saiba separar e, acima de tudo, saiba com quem você realmente pode contar.

 Ao longo da vida, já apanhei bastante. Já caí e tive forças para levantar, enquanto meu coração sangrava, eu tinha convicção de que alguém teria que chegar para me ajudar a limpar toda a sujeira. Eu esperava sempre alguém para poder me levantar e perdia tempo caído achando que não era importante, ou que merecia passar por tudo aquilo.

Deixa eu te falar: não espere que te deem

remédios  para curar a dor, estão ocupados demais cuidando das suas próprias dores. Mas há alguém que nunca está ocupado, esse alguém é Deus (ou como queira chamar), chore para ele. Cuide-se! Não espere que te amem mais do que você mesma pode amar.

Gritar para meio mundo não adianta em nada, sei que de alguma forma precisamos extravasar, contudo, aprenda a calar mais. Fique um tempo sozinha, chore em seu quarto, desabafe com alguém de sua confiança. Acredite… Passa! De tanto cair, uma hora você aprende a levantar sorrindo. O joelho pode estar esfolado, ainda assim sua maturidade não te permitirá continuar “choramingando caída ao chão”. Isso não é só coisa de macho não. É coisa de Mulher! Levantar sem fazer cara feia é deixar seu lado menina e mostrar a força que há em você. Saiba também ser a mulher fatal nas horas necessárias.

É outono e estou in love

Imagem do Google

Imagem do Google

Ele me disse que amava o outono, e eu descobri que amava ainda mais o outono porque ele amava também.Depois de um tempo junto eu comecei a amar cada parte dele, até aquelas partes chatinhas.Os dias nublados, antes dele, eram dias sem graça, mas depois que o conheci parece que todos os dias se tornaram dias bonitos.Já não ligo mais para a previsão do tempo, porque com o nosso relacionamento aprendi a importância de esperar..E no fim, depois dos trovões, ele me abre um sorriso e me abraça colocando o queixo na minha cabeça.

Eu odiava a calma com que ele conduzia as discussões, era muito irritante ver o quanto eu parecia uma louca enquanto ele se portava como um monge .Ao mesmo tempo eu o amava por isso.Eu precisava mesmo de alguém com toda a paciência do mundo, e ele precisava de alguém que agitasse o seu mundo( Rock me, baby)

( Continua….)

Quando é amor?

Quando é amor

Eu não posso definir quando é amor para cada pessoa , acredito que cada qual sinta de uma forma única, mas temos formas de expressar comuns…Direi quando é amor para mim, vejamos se vocês se identificam …

Quando é amor não importa tanto o filme ou a música

Não importa que show seja

Não importa se lá fora está chovendo ou fazendo sol

Desde que ao seu lado esteja ela

Quando é amor a gente sorri de uma nova maneira

Somos invadidos por uma certeza apaziguadora

Que nos faz forte para driblar todos os conflitos internos

– ou até mundiais.

Quando é amor o telefone toca diferente

Seu coração acalma com a voz do outro lado

Sua mente aquieta quando estão juntos

Seu corpo reage involuntariamente

Quando é amor o mundo não precisa saber

Mas você sente vontade de gritar aos quatro ventos a sua felicidade

Não é regra, mas quando é amor, a gente sente vontade de sair dançando por aí

Ou a gente se tranca e morre de rir

Quando é amor o respeito pelo outro vem acima de tudo

Mesmo errando a gente tenta consertar

Quando é amor a gente não tem medo de brigar

Mas nada, nada pode ser maior que o carinho e a vontade de fazer tudo se encaixar

Quando é amor, os defeitos tornam-se aceitáveis

Acordar cedo para vê-la sorrir ao seu lado não te dá preguiça

Quando é amor  trocamos o sorvete de flocos pelo de pistache

Que o outro queria experimentar mas não gostou – mesmo sendo ruim.

A gente olha para o outro com olhos arregalados

Admira e quando precisa, adverte.

Quando é amor qualquer programa é substituível por ficar em casa assistindo filme ao lado dele

Quando é amor a gente tenta entrar no universo do outro

Dança tango mesmo sendo descoordenado

Assiste aos filmes da Marvel só para ter o prazer de perguntar o nome do martelo do Thor , e ver a empolgação do seu companheiro (a)  explicando

Quando é amor ele , que odeia balé, te leva só para ver sua carinha de satisfação

Quando é amor uma mensagem no whats alegra o dia

As manhãs chatas de segunda-feira ganham mais vida

Porque você sabe que na sexta o encontro será perfeito

Quando é amor desde o começo a gente sente que um dia será amor

A gente nunca sabe , mas o amor é plantado desde a primeira vez em que as mãos se tocam

E então ele ganha espaço e se desenvolve aos poucos

De uma mudinha vira uma planta forte e linda.

Quando é amor a gente escreve coisas assim

Ou canta

Alguns pintam

Outros dançam

A gente se sente inspirado para fazer o que gostamos

Eu escrevo …….e você,  o que faz quando é amor?

A maior lição que aprendi na infância ou sobre como andar de bicicleta.

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Quando a gente é criança acha que aquele raladinho no joelho é a maior demonstração do que é sentir dor.Acha que o bicho papão será para sempre nosso inimigo.E que se formos para piscina depois de comer poderemos morrer subitamente.A gente tende a supervalorizar pois ainda estamos aprendendo sobre o mundo.

Quando a gente é adolescente acha que a primeira decepção amorosa é o fim do mundo e que depois daquele amor nenhum outro será maior.Ah, como somos bobinhos nessa fase – ainda supervalorizamos -.Depois de semanas ou mês a gente entende que dor de amor não dura para sempre e,  que  aquela tristeza pode ser convertida em risos tendo os melhores amigos do mundo do nosso lado.

Quando estamos na fase adulta carregamos toda uma bagagem das vivências anteriores.Tudo que somos , o modo como agimos e pensamos , muito tem a ver com os tombos de outrora, assim como os aprendizados , os quais levamos para a vida inteira.

Na fase adulta mas não aquela depois dos 30 ,a gente se acha um pouco sabido demais, cansado demais para algumas coisas também,  e muito menos supervalorizadores.Nessa fase compreendemos  que na infância ao aprendermos a andar de bicicleta,  estávamos, na verdade,  fazendo um treino para a vida.Esse treino consiste em cair muitas vezes e levantar pra sacudir a poeira.Cair de novo, ralar-se , e levantar.Cair mais uma vez,levantar mais rápido e com mais força.

Estou  na fase “adulta antes dos 30” , e ainda continuo com a minha bicicleta em movimento.Descobri que para não cair sempre eu preciso fazer caminhos diferentes, observar com atenção a estrada à frente e não esquecer de ter cautela.E se eu pudesse dar um conselho a mim mesma  seria : “cuidado com os hematomas após as quedas, apesar de te fazerem mais forte e madura ,podem também te transformar numa pessoa dura.Não se deixe esfriar.Pretendo continuar vendo  flores no caminho e céus azuis”

Cuidado onde você se enfia, mulher, pois as cicatrizes são para sempre.

Nosso paraíso

No carro, Jack Johnson tocando suas músicas calmas que quase me dão a sensação de estar em perfeita harmonia com o mundo.À 80 Km/h numa estrada,afastada da cidade,com o céu azul sendo testemunha do dia em que aceitei ir com ele ao seu paraíso secreto,um lugar tranquilo e longe das vistas de qualquer um.

O dia está tão perfeito quanto o sorriso dele ao notar que eu, sem titubear , aceitei ser conduzida sem perguntar o tempo todo pra onde estava indo.Não por não gostar de surpresas, as amo,  a minha curiosidade e ansiedade é que sempre falaram alto,na verdade gritavam.Mas hoje, eu fui sem querer saber de nada, só de sentar ao lado dele e contemplar a paisagem límpida e sóbria de um lugar onde eu sempre quis ir e, não sabia o caminho.

O vento batendo nos nossos cabelos traz a sensação de liberdade tipo daquelas de quando a hora de ir embora de um emprego não tão legal chega.O nada que se torna tudo,o desconhecido, o inesperado fascina ;pode ser que chova-eu penso com receio de atrapalhar, porque sou do tipo que pensa logo nos contras, mas ele não, ele me mostra o céu azul e ainda fala da esperada noite estrelada.E que chova! Eu até me jogaria na chuva com ele – só se não tiver trovejando,é claro.

Fico na expectativa do destino final, porém é no caminho onde encontro motivos de sobra para sorrir.  Na ida  me perco em paisagens e no nada,e ao mesmo tempo me encontro.Nas nossas conversas sobre o futuro ou sobre o próximo filme da Marvel vejo as possibilidades de uma vida leve e feliz.Porque espero uma vida de trabalho,mas espero uma vida de diversão e momentos em paz como esse, também.

Os pés descalços em cima do parta luvas, óculos escuros, e o som continua tocando Jonhson … Não tenho mais pressa de chegar, e desconfio que já chegamos ao lugar secreto.Dentro de mim só encontro calmaria , sem celulares ou gps , sem radares pelo caminho, o sol está quase se pondo e eu não me preocupo com o horário.Ele me olha com cara de admiração , olha para a estrada vazia e para em frente a uma pedra enorme.Eu retribuo o olhar e o sigo para fora do carro.À nossa frente toda a imensidão do mar e o sol dando adeus – amo o mar com todas as forças.Só ouço o som da onda quebrando na pedra, e se ainda fosse criança iria ouvir o barulho da estrela maior tocando a água – tsiii.

Quero sentar aqui por horas e observar a beleza da natureza,como Deus fez tudo tão perfeito;água,terra,fogo,ar,eu e você.